segunda-feira, 25 de abril de 2011

GEO-PIBID URCA MARCA PRESENÇA NO ENPEG 2011


O Encontro Nacional de Práticas de Ensino de Geografia - ENPEG é um evento realizado a cada dois anos. É organizado por um grupo de pesquisadores vinculados à instituições de ensino superior que investigam e produzem na área de ensino de Geografia.
Esse ano foi realizada a décima primeira edição do evento, com participantes vindos de todo o Brasil. O evento foi sediado na UFG (Universidade Federal de Goiás), em Goiânia e teve como tema: "A produção do conhecimento e a pesquisa sobre o ensino de geografia".
Bolsistas do GEO-PIBID URCA, estiveram presentes no evento e apresentaram trabalhos ligados ao trabalho do PIBID e ao ensino de geografia, com as seguintes temáticas:

- "Aplicando a educação ambiental na escola: Uma experiência na escola de ensino fundamental Dom Quintino no município de Crato". (Fernanda Duarte da Silva);
- "Educação ambiental na iniciação a docência no ensino de geografia: Experiência e prática do PIBID". (Marcos Allan Gonçalves de Araújo);
- "Análise da caracterização sócio-ambiental do Geopark Araripe e sua inserção como ferramenta no contexto do ensino escolar, na escola Adauto Bezerra em Barbalha - CE, através do projeto do PIBID". (Paulo Wendell Alves de Oliveira);



Os respectivos trabalhos foram apresentados em Banners e publicados nos anais do evento.

Além das apresentações de trabalhos e das mesas redondas que foram de grande importância na discussão do ensino da geografia, o evento serviu para criar um intercâmbio entre vários professores de geografia e demais áreas ligadas ao ensino para se criar um discussão e análise de tudo o que está sendo trabalhado nos mais variados lugares do nosso território Brasileiro.

terça-feira, 5 de abril de 2011

PRIMEIRAS ATIVIDADES REALIZADAS NAS ESCOLAS

Escola Adauto Bezerra (Barbalha - Ce).


O projeto “Abordagem da caracterização sócio-ambiental da área do Geopark-Araripe e da bacia sedimentar do Araripe-CE, no ensino de Geografia de escolas públicas do Cariri cearense iniciou-se no mês de maio, quando foi desenvolvido o processo interativo entre os bolsistas, a supervisora da Escola de Ensino Fundamental e Médio Teodorico Teles Quental, o supervisor da Escola de Ensino Médio Governador Adauto Bezerra, o coordenador do projeto Josier e com os gestores do Geopark-Araripe.
Nesse período também foram realizadas as primeiras visitas ao escritório sede do Geopark-Araripe, as escolas envolvidas, incluindo a apresentação do projeto aos alunos. Além disso, ficou decidido o público alvo das atividades, sendo estes estudantes do primeiro ano do ensino médio em ambas as escolas.
Posteriormente teve início o reconhecimento das condições sócio-ambientais das áreas do Geopark-Araripe, no intuito de diagnosticar as relações sociais, ambientais e culturais que acontecem nestes locais, para em outro momento serem apresentadas aos alunos. Atividades estas desenvolvidas no mês de julho, aonde o primeiro Geossítio visitado foi o Colina do Horto, na oportunidade pudemos dialogar com o Padre José Venturelli, o qual é responsável pelo funcionamento do lugar. Neste espaço observamos não apenas a geodiversidade, mas também os aspectos culturais e religiosos muito presentes, podendo ser explorada em outra ocasião junto aos alunos.             Alguns dias depois visitamos o Riacho do Meio, o qual é um Geossítio que possui uma ótima estrutura física, podendo vir a servir em reuniões, encontros, aulas, palestras entre outras finalidades. Este caracteriza-SE como uma área com trilhas ecológicas e fontes naturais onde a fauna e a flora do Araripe estão preservadas, como o soldadinho-do-araripe e a samambaia-açu. É neste lugar que fica a pedra do morcego, repleta de história a respeito do cangaço e do cangaceiro mais conhecido do Nordeste, Lampião. Assim como A Colina do Horto, o Riacho do Meio além de ter uma importante biodiversidade, também possui traços culturais bastante relevantes.
Nesta visita tivemos a contribuição do Instituto Pró-Memória e de integrantes da ONG (Organização Não Governamental) Candeeiro das Trilhas, que buscam a interação entre o Geossítio e a população da área, pois o auxílio dos moradores do entorno , através de um excelente trabalho educativo, resultará numa forte e eficiente conservação do espaço.
Durante o mês de agosto realizamos a primeira atividade dentro das escolas, por meio de uma palestra abordando alguns elementos ligados ao meio ambiente como: biodiversidade, ecologia, ecossistema e biomas. Foi bem interessante, sendo neste momento o primeiro contato direto dos bolsistas com os alunos para a realização de um trabalho.
No mês de setembro foram decididas as temáticas para o desenvolvimento da segunda atividade, as quais foram os diversos tipos de poluição, problema este presente nas imediações das duas escolas. Foi levada em consideração a importância de salientar um tema que faz parte do cotidiano dos estudantes. Todo o mês foi dedicado a preparação da atividade, sendo feito o levantamento bibliográfico, o reconhecimento do percurso de campo e de toda a metodologia a ser utilizada.
Com isso, no mês seguinte foi realizada a primeira aula de campo, tendo vista analisar um percurso que evidencie os problemas ambientais existentes no entorno das duas escolas que participam do projeto, dando a oportunidade dos estudantes conciliarem o que foi visto na teoria na realidade prática em que cada um vive, dando-lhes a oportunidade de se colocarem como atores sócios envolvidos num processo de uma problemática social, para que os mesmos analisando esses problemas adquiram uma consciência cidadã participativa, busca maneiras e formas de atuação para buscar alternativas que viabilize uma mudança no quadro ambiental que foi observado. Deste primeiro momento surgiram alguns trabalhos de pesquisa, os quais foram apresentados na semana de iniciação cientifica da URCA, que logo estarão disponíveis nos anais do encontro. Outros trabalhos estão sendo desenvolvidos e serão apresentados no ENPEG 2011 (Encontro Nacional de Práticas de Ensino em Geografia), que irá se realizar em Goiânia – GO, no mês de Abril de 2011 na UFG.            
Após a realização de cada trabalho são feitas reuniões para avaliativas, buscando destacar os aspectos positivos e negativos, na tentativa de aperfeiçoar nosso trabalho. Vale ressaltar que todo o processo é definido em conjunto dos bolsistas e o coordenador do projeto, em reuniões realizadas semanalmente.

GEOPARK ARARIPE


O projeto de criação do Geopark Araripe foi encaminhado à verificação da UNESCO pelo Governo do Estado do Ceará e Universidade Regional do Cariri - URCA, ainda em 2005, representando nessa ação o Governo do Ceará e o Governo Alemão, através do Programa de intercâmbio acadêmico- Brasil e Alemanha (DAAD), que apoiou à iniciativa.
Em 21 de setembro de 2006, após se submeter aos procedimentos padrões de vistoria e avaliação pela comissão oficial da UNESCO, Divisão de Ciências da Terra, o Geopark Araripe foi aprovado e oficializado na II Conferência Mundial de Geoparks (II World Conference on Geoparks), realizada em Belfast na Irlanda do Norte.

Características:

O conceito do Geopark Araripe está baseado no estabelecimento de uma rede de Geossítios com grande valor histórico, cultural, ambiental e científico merecedores de atenção e proteção integral em virtude de suas peculiaridades. Ele permite ao visitante uma abrangente compreensão da origem e evolução da vida e do planeta Terra.
O Geopark Araripe está localizado ao sul do estado do Ceará, na porção cearense da Bacia Sedimentar do Araripe e abrange seis municípios da região do Cariri. Possui uma área de aproximadamente 3.520,52 km² e que corresponde ao contexto territorial das cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.
Sua função está além da proteção e preservação dos registros científicos, ambientais e culturais. As visitas exploratórias originadas desta ação e a infraestrutura de apoio, ainda em consolidação, proporcionam um processo natural e desejável de inclusão social, onde a participação da sociedade se constitui em um pilar importante para o funcionamento pleno do Geopark Araripe.

Objetivos:

Proteger e preservar legalmente os principais sítios selecionados, nomeados cientificamente como Geossítios, verdadeiras "janelas" educativas da história da evolução do planeta e da vida;

Proporcionar à população local e visitantes oportunidades de conhecer e compreender tanto os contextos científicos selecionados das várias eras geológicas, como outros contextos regionais existentes, a exemplo do ecoturismo na FLONA (Floresta Nacional do Araripe);

Possibilitar o contato com registros arqueológicos, próprios do povoamento ancestral da região e característicos de cultura local;

Estabelecer relações entre a história da ocupação do território, a cultura regional e suas manifestações, e as formas de apropriação dos recursos naturais da região.

O que é o Geopark?



É um território com limites definidos e que possui sítios de grande valor científico cujos patrimônios cultural, histórico, ambiental, científico e socioeconômico apresentam importância, raridade, riqueza em biodiversidade e contam a história da terra, conferindo identidade ao lugar.
Nele está localizado um determinado número de Geossítios, selecionados conforme a relevância de suas características para a história da Terra. Apesar do destaque principalmente relacionado ao patrimônio geológico, também se considerou a ocorrência de outros aspectos fundamentais relacionados à biodiversidade, história, cultura, arqueologia, dentre outros.
Um Geopark tem papel ativo no desenvolvimento econômico de seu território, que passa a ser mais reconhecido em função das suas riquezas naturais, possibilitando o desenvolvimento do Geoturismo, como estratégia na dinâmica econômica local.
Segundo Chris Woodley, Gerente do Geopark North Pennines AONB, do Reino Unido, Geoparks não estão relacionados apenas à rochas, mas também à pessoas é crucial, que estas estejam envolvidas, conheçam e valorizem a geologia da área. O objetivo é maximizar o geoturismo, para benefício da economia local e para ajudar às pessoas a entender a evolução da paisagem.

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