O projeto de criação do Geopark Araripe foi encaminhado à verificação da UNESCO pelo Governo do Estado do Ceará e Universidade Regional do Cariri - URCA, ainda em 2005, representando nessa ação o Governo do Ceará e o Governo Alemão, através do Programa de intercâmbio acadêmico- Brasil e Alemanha (DAAD), que apoiou à iniciativa.
Em 21 de setembro de 2006, após se submeter aos procedimentos padrões de vistoria e avaliação pela comissão oficial da UNESCO, Divisão de Ciências da Terra, o Geopark Araripe foi aprovado e oficializado na II Conferência Mundial de Geoparks (II World Conference on Geoparks), realizada em Belfast na Irlanda do Norte.
Características:
O conceito do Geopark Araripe está baseado no estabelecimento de uma rede de Geossítios com grande valor histórico, cultural, ambiental e científico merecedores de atenção e proteção integral em virtude de suas peculiaridades. Ele permite ao visitante uma abrangente compreensão da origem e evolução da vida e do planeta Terra.
O Geopark Araripe está localizado ao sul do estado do Ceará, na porção cearense da Bacia Sedimentar do Araripe e abrange seis municípios da região do Cariri. Possui uma área de aproximadamente 3.520,52 km² e que corresponde ao contexto territorial das cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.
Sua função está além da proteção e preservação dos registros científicos, ambientais e culturais. As visitas exploratórias originadas desta ação e a infraestrutura de apoio, ainda em consolidação, proporcionam um processo natural e desejável de inclusão social, onde a participação da sociedade se constitui em um pilar importante para o funcionamento pleno do Geopark Araripe.
Objetivos:
Proteger e preservar legalmente os principais sítios selecionados, nomeados cientificamente como Geossítios, verdadeiras "janelas" educativas da história da evolução do planeta e da vida;
Proporcionar à população local e visitantes oportunidades de conhecer e compreender tanto os contextos científicos selecionados das várias eras geológicas, como outros contextos regionais existentes, a exemplo do ecoturismo na FLONA (Floresta Nacional do Araripe);
Possibilitar o contato com registros arqueológicos, próprios do povoamento ancestral da região e característicos de cultura local;
Estabelecer relações entre a história da ocupação do território, a cultura regional e suas manifestações, e as formas de apropriação dos recursos naturais da região.
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